A Alegria.
Alegria, bela centelha dos deuses.
A alegria precisa da luz. Ela busca a luz, torna-se luz. A alegria brilha, seus olhos cintilam. Essa alegria une. Ela nos faz esquecer o que separa.
De onde vem essa alegria? Vem de nós? Pode vir de nós? Nós a sentimos como uma centelha dos deuses, como a luz de um poder criador. Só podemos imaginar esse divino como infinitamente maior.
Na Bíblia se diz que Deus, depois dos seis dias da criação, olhou para tudo que tinha criado e o achou muito bom. Não apareceu então um brilho em seus olhos?
Como nos sentimos atribulados e sem alegria, o que nos aconteceu antes? Rejeitamos algo que existe? Em nós e nos outros? Perdemos com isso a alegria?
Portanto, voltemos à alegria, alegremo-nos por tudo o que existe e deixemos nossos olhos brilhar de alegria.
A bem dizer, essa alegria começa em nós e por nós. Porém a verdadeira alegria vai mais fundo. Ela existe porque temos um pai e uma mãe.
Onde começa nossa alegria por nós? Começa com nossa alegria por nossos pais.
Imagino que Deus olha para nossos pais, tais como os fez. Como ele mostra sua alegria por eles? Com que centelhas divinas? Ele os acha muito bons.
Somente quando também nós achamos nossos pais muito bons, tais como são, achamo-nos bons também, e conosco tudo o mais. Aí achamos a grande alegria, uma alegria contagiante. Levados por ela, nós nos damos as mãos e dançamos a dança da vida.
Essa alegria é uma alegria do Espírito, uma alegria abrangente, sem condições ou restrições. Ela é pura alegria de viver. É pura felicidade.
Bert Hellinger - livro: As Igrejas e seu Deus.