Siga-nos

Vínculo e Progresso

“Quero dizer algo sobre o vínculo. Muita desventura está enraizada em vínculos. A criança está vinculada profundamente à sua família e, na verdade, não somente a seus pais e irmãos, mas também aos antepassados.

Porque ela, através do vínculo, faz parte da alma da família, participa também nos destinos dessa família. Ela acha que mostra o seu amor participando desses destinos. Portanto, quando alguém da família foi assassinado, ela acha que talvez possa mostrar o seu amor pela vítima, se também morrer.

Ou se o pai se suicidou, ela acha que o seu amor por ele exige que morra precocemente como ele. Eu denomino isso de dinâmica: “Eu sigo você”. Ou quando a criança vê que um dos pais quer morrer, diz: “Eu faço isso em seu lugar”.

Portanto, através do amor e através do vínculo a desventura continua. Ontem, vimos em alguns exemplos que o que se exige do indivíduo para que se libere desse vínculo é, de fato, não um amor menor, mas sim, um amor maior. Por exemplo, exige do homem que quer seguir o seu pai que se suicidou mais amor pelo seu pai se permanecer em vida do que morrendo.

E que a alma da criança sente-se mais vinculada na desventura, quer dizer, sente-se inocente na desventura. Enquanto que concordando com uma solução, afastando-se da morte e voltando se para a vida, sente-se culpada. Por isso, a solução exige da alma tanto progresso.

Portanto, solução só existe através de um desenvolvimento interno.

Em alemão, solução é uma palavra ambígua. C. G. Jung a denomina individuação. Portanto, através da solução, somos isolados e, de certa maneira, mais solitários, entretanto, ao mesmo tempo, fortes e capazes de fazer algo novo. Todo progresso que afasta da desventura, que afasta da discórdia para a paz passa pelo isolamento nesse sentido, pois, esse tipo de isolamento permite que me volte para um todo maior.

A criança que quer ficar inocente em seu amor fica presa em sua própria família. Quem no isolamento progride para o maior não está somente vinculado à sua família, senão a muitas famílias, diferentes famílias, ele pode unir em si antagonismos, está ligado a um todo maior e pode, portanto, também servir a um todo maior.

Por isso, quando alguém que viu uma solução torna a cair em desventura, sente-se mais inocente e menor. Quando se libera e olha para frente, sente-se culpado, mas maior. ”

É uma jornada até nossa evolução, até nos reconhecermos como seres incríveis e iluminados. É preciso olhar para os desafios como uma força para seguir adiante!

Bert Hellinger.

Texto extraído do livro “A fonte não precisa perguntar pelo caminho”.



Achou bacana? Compartilhe com seus amigos!

Márcia Isabel Recomenda!

Momentos de Meditações

FALE COM A EQUIPE MÁRCIA ISABEL!
pelo Whatsapp

Webgopher 2020 | Todos os direitos reservados