Estar na presença é se dar a oportunidade de fazer as leituras necessárias para compreender o que acontece conosco.
Estava eu a observar a vida, quando em um determinado momento, fixei meus olhos nos gatinhos (filhotes) do meu vizinho, e algo me chamou atenção: todos eles estavam tendo o mesmo comportamento, exceto um deles.
Eles olhavam para a mãe que estava na janela e gritavam desesperados, fossem para chamar a atenção dela, fosse para estarem juntos dela lá no alto da janela, porém devido serem filhotes, a missão desejada por eles era impossível.
Mas aquele gatinho, aquele que se mantinha quieto, tranquilo, parecia refletir: - Ah, eu deixo isso com vocês, no momento eu desejo algo para mim, algo possível. Não vou gastar minhas energias em seguir trilhas que não me pertence.
Continuei a observá-los atentamente, a analisar o padrão de comportamento de todos eles, e assim seguiu...
Não é tão simples explicar em palavras o que aconteceu, mas percebi algo mudar...
O gatinho tranquilo se levantou enquanto os demais continuavam a gritar e olhar para sua mãe, se dirigiu até a porta que estava semiaberta, olhou para dentro, se virou e foi passear no jardim.
Neste momento algo modificou, todos os demais que antes só sabiam gritar e olhar para a mãe, querendo estar com a mãe, tomam força, a energia do gatinho solitário e vão todos juntos brincar no jardim.
Lendo esse relato, qual dos gatinhos é você?
O que segue o comportamento da família, que busca proteção, segurança? Ou o que se permite descobrir coisas novas, olhar para a vida com outra perspectiva?
O que se mantém em sua vida? Novos horizontes, novas possibilidades ou padrões repetitivos?